Perdoem-me os "Gato Fedorento" o abuso, mas considero ser aquele o título mais adequado à notícia de hoje:
FUNDAÇÃO DE SERRALVES DESPEDE
18 TRABALHADORES/AS A FALSOS RECIBOS VERDES
Como é possível uma "instituição cultural de nível europeu", que desempenha um reconhecido papel no seu campo de intervenção, aplicar uma política de recursos humanos como a que se descreve? Transcrevo, de seguida, o texto integral de uma mensagem que recebi do Movimento FERVE... e informo, claro, que estou inteiramente solidária com estes/as trabalhadores/as:
«A Fundação de Serralves tem um horário de funcionamento.
A Fundação de Serralves tem uma recepção, uma bilheteira, um bengaleiro.
A Fundação de Serralves tem recepcionistas que asseguram estes serviços, permanentes e imprescindíveis.
A Fundação de Serralves tem recepcionistas que asseguram estas funções há mais de cinco anos.
A Fundação de Serralves saberá que deveria ter celebrado contratos de trabalho com estes/as trabalhadores/as, visto tratarem-se de pessoas que utilizam material disponibilizado pela entidade empregadora, visto utilizarem uma farda da instituição, visto estarem inseridos numa equipa, visto terem chefias, visto estarem na dependência económica da entidade que as contrata: tudo critérios que permitem aferir a existência de um contrato de trabalho e não de trabalho independente.
A Fundação de Serralves sabe que estas pessoas são falsos recibos verdes.
No entanto, em vez de regularizar a situação contratual destes/as trabalhadores/as, a Fundação de Serralves optou por 'convidá-los' a constituírem-se como empresa para que pudessem continuar a desempenhar as mesmas funções de sempre. A esta chantagem a Fundação de Serralves chama "apelo ao empreendedorismo"
O FERVE denunciou esta situação publicamente, à Autoridade para as Condições de Trabalho (que efectuou já uma acção inspectiva à Fundação de Serralves) e também junto dos partidos políticos (o que motivou uma pergunta do Bloco de Esquerda ao Ministério da Cultura e uma outra ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social).
Agora, a Fundação de Serralves enviou uma carta a todos/as os/as recepcionistas, informando-os/as de que, a partir de 12 de Abril, deixam de trabalhar naquela instituição.
O FERVE e os Precári@s Inflexíveis consideram inenarrável o comportamento que a Fundação de Serralves tem vindo a assumir, alheado do cumprimento da lei, desprovido de moralidade, dignidade e respeito para com as pessoas que, ao longo de anos, trabalharam nesta instituição.
Estamos total e incondicionalmente solidários com estes/as trabalhadores/as e continuaremos a desenvolver acções de solidariedade para com eles/as, que serão comunicadas nos próximos dias.»
«A Fundação de Serralves tem um horário de funcionamento.
A Fundação de Serralves tem uma recepção, uma bilheteira, um bengaleiro.
A Fundação de Serralves tem recepcionistas que asseguram estes serviços, permanentes e imprescindíveis.
A Fundação de Serralves tem recepcionistas que asseguram estas funções há mais de cinco anos.
A Fundação de Serralves saberá que deveria ter celebrado contratos de trabalho com estes/as trabalhadores/as, visto tratarem-se de pessoas que utilizam material disponibilizado pela entidade empregadora, visto utilizarem uma farda da instituição, visto estarem inseridos numa equipa, visto terem chefias, visto estarem na dependência económica da entidade que as contrata: tudo critérios que permitem aferir a existência de um contrato de trabalho e não de trabalho independente.
A Fundação de Serralves sabe que estas pessoas são falsos recibos verdes.
No entanto, em vez de regularizar a situação contratual destes/as trabalhadores/as, a Fundação de Serralves optou por 'convidá-los' a constituírem-se como empresa para que pudessem continuar a desempenhar as mesmas funções de sempre. A esta chantagem a Fundação de Serralves chama "apelo ao empreendedorismo"
O FERVE denunciou esta situação publicamente, à Autoridade para as Condições de Trabalho (que efectuou já uma acção inspectiva à Fundação de Serralves) e também junto dos partidos políticos (o que motivou uma pergunta do Bloco de Esquerda ao Ministério da Cultura e uma outra ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social).
Agora, a Fundação de Serralves enviou uma carta a todos/as os/as recepcionistas, informando-os/as de que, a partir de 12 de Abril, deixam de trabalhar naquela instituição.
O FERVE e os Precári@s Inflexíveis consideram inenarrável o comportamento que a Fundação de Serralves tem vindo a assumir, alheado do cumprimento da lei, desprovido de moralidade, dignidade e respeito para com as pessoas que, ao longo de anos, trabalharam nesta instituição.
Estamos total e incondicionalmente solidários com estes/as trabalhadores/as e continuaremos a desenvolver acções de solidariedade para com eles/as, que serão comunicadas nos próximos dias.»
FERVE e Precári@s Inflexíveis;
FERVE
Fartos/as d'Estes Recibos Verdes
PETIÇÃO: ANTES DA DÍVIDA TEMOS DIREITOS
1 MAIO - O PRECARIADO SAI À RUA!
MayDay Porto
FERVE
Fartos/as d'Estes Recibos Verdes
PETIÇÃO: ANTES DA DÍVIDA TEMOS DIREITOS
1 MAIO - O PRECARIADO SAI À RUA!
MayDay Porto
10 comentários:
Não posso deixar de concordar com o "post" e a posição do Ferve.
Parabens pela impertinência, é realmente uma vergonha e um mau exemplo da Administração Central.
António Manuel
António Manuel:
Infelizmente muitas más práticas partem de quem deveria dar o exemplo. Por isso há que desmascarar estas situações, denunciá-las... só assim se poderá, um dia, alterar a situação.
Na Câmara de Almada autarquia da CDU, existem situações de grande injustiça, algumas bem piores do que vem referido no "post". Não é necessário exemplos do norte de Portugal, temos maus exemplos bem perto de nós. Na CMA só arranja "tacho" quem seja do PSD ou quem se assuma como um verdadeiro anticomunista
Enquanto espaço de oposição, parece-me que o Infinito's acabou. Espero, que me engane.Não quero acreditar que estam todos encostados à "imilia" e seus camaradas$$$$
Meus senhores(as),É tempo de recordar Abril,
A Revolução de Abril
realização histórica do povo português
A revolução de Abril constitui um dos mais importantes acontecimentos nos oito séculos da história de Portugal.
A revolução de Abril constitui uma realização da vontade do povo, uma afirmação de liberdade, de emancipação social e de independência nacional.
A revolução de Abril, culminando uma longa e heróica luta da classe operária, dos trabalhadores, das massas populares e das forças democráticas, pôs fim a 48 anos de ditadura fascista, pôs fim à guerra colonial reconhecendo aos povos em luta, há séculos submetidos ao colonialismo português, o direito à completa e imediata independência, alterou profundamente o enquadramento de Portugal na cena internacional e realizou profundas transformações políticas, económicas, sociais e culturais que constituem componentes de um sistema e de um regime que abriram na vida do País a perspectiva de um novo período da história marcado pela liberdade e pelo progresso social.
Revoluções tão profundas não se resumem a um acto revolucionário nem se consumam num curto período. Constituem um processo mais ou menos demorado e acidentado, que pode conhecer regressões e exige desenvolvimentos inovadores.
A revolução de Abril foi uma revolução inacabada. Apesar das suas aquisições históricas, muitas das suas principais conquistas foram destruídas. Outras, embora enfraquecidas e ameaçadas, continuam presentes na vida nacional. Todas são referências e valores essenciais no presente e no futuro democrático e independente de Portugal.
V.P
O 25 de Abril, inolvidável, não poderá ser esquecido, originou a democracia no país, foi sem dúvida um dos maiores marcos da história de Portugal e o maior do Sec. XX, todavia não esqueçamos que foi desencadeado pelas forças armadas descontentes com o regime fascista, a guerra colonial e o atraso socio-económico do país, portanto o povo aderiu, e muito bem, não partiu dele (até porque não tinha armas/poder para tal), os capitães de Abril foram os protagonistas e os partidos de esquerda, na maioria, estavam no exílio, sobretudo em França e na ex-URSS, as conquistas foram-se somando no processo que vai longo e tem tido avanços e retrocessos.
Viva a revolução dos cravos, que somente teve 2 vítimas.
António Manuel
Fidel:
Sinceramente, não entendo o seu comentário... quem o lê até pensa que o partido no poder autárquico em Almada é do PSD quando é CDU.
Ideologia:
Mas que grande confusão vai aí nessa cabeça...
Que eu saiba este é um blogue pessoal. Certo?
Portanto, escrevo o que me apetece e, principalmente, consoante a disponibilidade que tenho.
O Infinito's não deixou de ser aquilo que nunca foi. Nele limito-me a partilhar gostos, fotografias, ideias, opiniões... assim continuarei a fazer, ao ritmo do tempo disponível e sempre que tiver oportunidade e inspiração!
V.P:
25 de Abril sempre!
António Manuel:
Viva o 25 de Abril!
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