domingo, 15 de novembro de 2009

Afinal, em Almada ainda existem Muros!!

Ontem, os almadenses ficaram a saber que a CDU local continua a levantar bem alto o muro do sectarismo...
As declarações de Sérgio Taipas na Assembleia Municipal acerca da Moção do PS a propósito dos 20 anos da queda do Muro de Berlim não deixaram quaisquer dúvidas: um rotundo voto de desprezo pelas "razões para celebrar e para continuar a luta contra os muros (físicos ou de mentalidade) que ainda limitam a afirmação da igualdade, o direito à liberdade e à não discriminação, ao desenvolvimento e à Paz".
Mais, ainda, brandindo os velhos argumentos dos comunistas que querem reescrever a história fingindo que os regimes do leste europeu foram pilares da democracia, tentou justificar o VOTO CONTRA da sua bancada à deliberação de congratulação pelos "acontecimentos iniciados em 1989, na Alemanha, com o fim da guerra fria entre blocos e com o retorno à casa comum europeia da generalidade dos países até então privados da liberdade, da democracia e do respeito pelos direitos humanos fundamentais que constituem inalianável património dos povos da Europa".
E acabou por mostrar a verdadeira face de um partido que, afinal, não consegue esconder que até simpatiza demais com métodos repressivos...
Não acreditam? Então vejam esta notícia publicada online na página do PCP. É tal e qual o pensamento expresso por aquele deputado municipal.
Mais palavras para quê?
Imagem tirada DAQUI.

16 comentários:

Anónimo disse...

Oh minda,Os muros estão na sua cabeça,todos os canhotos tem essa miragem, para seu desespero transcrevo e subscrevo o ultimo paragrafo da intervenção do Professor e Deputado Municipal Sérgio Taipas,que tem uma visão brilhante do mundo." O capitalismo quer intimidar e reprimir, para continuar a explorar e dominar. Mas, na sua corrida desenfreada pelo lucro, o capitalismo é não só incapaz de resolver os grandes problemas da Humanidade e do planeta, como é o principal factor do seu agravamento. A realidade demonstra hoje com particular evidência, que o futuro da Humanidade não está nas contra-revoluções que há 20 anos varreram o Leste europeu. O futuro pertence ao sistema que irá derrotar e substituir o capitalismo: o Socialismo, cujas portas foram abertas pela grande Revolução de Outubro, faz agora 93 anos. "
Viva Os trabalhadores,Viva A Grande Revolução de Outubro. V.P.

EMALMADA disse...

Ainda não viram que a grande revolução de Outubro foi repudiada pelas mulheres e homens livres, que a grande revolução só trouxe miséria para os povos, que passaram a serem dominados e controlados pelo aparelho do Partido por oportunistas que falam, falam, falam em nome do povo para o explorarem?
Mas, ainda há quem alimente ilusões sobre estes autarcas sustentados e alimentados em cativeiro "pseudodemocrata"?

Só se forem ingénuos e pretenderem colaborar com a "boa vontade" da Emília e companheiros.
Senhores vereadores e deputados municipais da oposição, sejam firmes e coerentes.
Por favor, não a deixem e aos seus comparsas brincarem com democratas, connosco, com as gentes de Almada.
Está nas vossas mãos o futuro de Almada.
Não vão atrás do choro de falsos socialistas.

Ategina disse...

Anónimo disse...
- União Soviética: 20 milhões de vítimas;
- China: 65 milhões de vítimas;
- Vietname: 1 milhão de vítimas;
- Coreia do Norte: 2 milhões de vítimas;
- Cambodja: 2 milhões de vítimas;
- Europa oriental: 1 milhão de vítimas;
- América latina: 150 mil vítimas;
- África: 1,7 milhões de vítimas;
- Afeganistão: 1,5 milhões de vítimas;

Resultado dos estados democráticos comunistas

Paulo Pedroso disse...

Tem toda a razão quanto à CDU. Já agora, porque alguns leitores podem não saber. A moção de congratulação pela queda do Muro de Berlim foi uma iniciativa do PS, que teve o apoio de todas as outras bancadas (PSD, BE e CDS), excepto, claro, a do PCP.
Como houve um empate, José Manuel Maia, do PCP, usou o voto de qualidade, como Presidente da AM, para votar a favor do PCP, claro.

Minda disse...

Caro V.P.

Sobre os muros que existem em Almada estamos conversados. O do sectarismo vê-se, pelo seu discurso, que ainda não foi derrubado…

O discurso do Professor e Deputado Sérgio Taipas (só um aparte: a utilização do título de Professor utiliza-se, normalmente em referência aos docentes universitário catedráticos, coisa que, penso, não será o caso, e, já agora, Deputado assim, sem mais, são os que estão na Assembleia da República, aqui deveria ter acrescentado a palavra municipal…) apresenta uma “visão brilhante do mundo”?

Esta afirmação, assim como a transcrição que faz, além de demonstrar uma grande cegueira política é tão ridícula que nem merece, sequer, resposta… pois é desmentida pela realidade.

Minda disse...

EmAlmada:

Pessoas destas não vêem nada… e já diz o povo, com sabedoria, que “o pior cego é aquele que não quer ver”.

Por isso, é deixá-los afundarem-se nas suas “pseudodemocratas” convicções (como disse e muito bem)…

Quanto ao apelo que faz à oposição, pode crer que, pela parte que me toca, serei sempre coerente com os valores da Democracia e da Liberdade, assim como com os princípios éticos da transparência e da justiça que defendo.

Minda disse...

Ategina:

Não sei se os números certos são esses. Mas que houve muitos milhares, milhões mesmo, de vítimas destes regimes ditos socialista mas que mais não foram do que ditaduras horrendas, isso houve.

Só o PCP é que não consegue ver isso (faz-me lembrar daqueles outros que negam ter havido o "holocausto nazi").

Lamentável, mas é deixá-los a falar sozinhos… já ninguém acredita no que dizem e, um dia destes, eles próprios se cansarão.

Minda disse...

Paulo Pedroso:

Fez muito bem em vir aqui lembrar esse pormenor importante que foi a votação desta moção apresentada pelo PS na última Assembleia Municipal. Confesso que deveria tê-lo dito. Obrigada.

Revisionistas disse...

Este professor? Sérgio Taipas aqui à dois três anos fazia 12 horas por semana a dar aulas, mama 3000 euros e anda para aí a afirmar-se como comunista. Coitado da criatura. Já agora a mulher também mama esses valores. São estes os comunas de almada. Bem na vida e querem que os outros passem fome. Eu conheci as duas Alemanhas, ainda bem que se uniram Pergunto a essa criatura V. P. se sabe que em Lisboa, outra criatura que trabalhar é bom para o preto, o tal Rubém de Carvalho vai aprovar as medidas dos Socialistas. Digam a verdade aos velhos comunas.

Viva as democracias ocidentais disse...

Esse José maia já anda à muitos anos a viver à custa de todos nós. Assume_se como operário de quê???, para enganar os toscos. A mim já não me enganam.

Anónimo disse...

Só para esclarecer algumas mentes menos esclarecidas transcrevo uma sondagem norte-amaricana nos paises de Leste "VINTE ANOS DE EMPOBRECIMENTOS",


Os povos dos antigos países socialistas europeus e ex-repúblicas soviéticas perderam as ilusões sobre o sistema económico e político burguês, revela um inquérito norte-americano.

O estudo de opinião, divulgado dia 2 (pewglobal), afirma que a generalidade dos povos perdeu parte do seu entusiasmo pelas ideias do capitalismo e da democracia, em comparação com um estudo similar realizado em 1991. A mudança mais abrupta foi registada na Ucrânia onde hoje apenas 30 por cento dos inquiridos aprova o sistema multipartidário contra 72 por cento há 20 anos.
Na Rússia, por exemplo, as transformações ocorridas gozam do apoio das camadas mais jovens, porém, esta opinião não é partilhada maioritariamente na faixa etária acima dos 50 anos e muito menos no grupo com 65 anos ou mais, no qual apenas 27 por cento as aprova. Este padrão verifica-se em todos os antigos países socialistas.

No socialismo vivia-se melhor

A maioria da população dos ex-países socialistas considera que está hoje mais pobre do que há 20 anos, constatando que as mudanças beneficiaram sobretudo os políticos e os grandes empresários. Esta opinião é manifestada em mais de 80 por cento das respostas em seis países (Polónia, Rússia, Eslováquia, Hungria Bulgária e Ucrânia) e em 63 por cento na República Checa.
Sobre o bem-estar material as maiores percentagens de «satisfeitos» verificaram-se na Polónia (47%) e na República Checa (45%). Nos restantes países prevalece a opinião de que actualmente se vive pior do que no socialismo. É o caso da Hungria (72 % contra 8% de «satisfeitos), Ucrânia (62% contra 12%), Bulgária (62% contra 13%), Lituânia (48% contra 23 %), Eslováquia (48% contra 29%) e (Rússia 45% contra 35%).

Descrédito da «democracia»

No domínio da democracia política, a maioria dos inquiridos expressa a sua frustração por na prática não poderem desfrutar dos princípios democráticos. Mais concretamente cinco dos oito países revelam grande insatisfação com o funcionamento da «democracia». Este sentimento é particularmente forte na Hungria (77%), na Bulgária (76%), na Ucrânia (70%), na Rússia (61%) e na Lituânia (60%)
O descrédito do sistema é traduzido pelo facto de em todos os países estudados a esmagadora maioria da população não acreditar nos políticos eleitos. As percentagens mais elevadas dos que pensam que os «políticos eleitos levam em conta a vontade do povo» foram registadas na Polónia (37%) e na Rússia (26%). Esta opinião foi manifestada por apenas 23 por cento dos ucranianos, 22 por cento dos eslovacos e húngaros, 18 por cento dos checos, 15 por cento dos lituanos e 14 por cento dos búlgaros.
Consensual é também a identificação dos maiores problemas que afectam a sociedade. Em praticamente todos os países da Europa de Leste a corrupção é uma das maiores chagas, seguindo-se com elevadíssimas percentagens o crime e as drogas.V.P

Minda disse...

Revisionista:

A coerência de princípios parece não ser apanágio de certa gente… são mais, isso sim, adeptos das ideias fixas, paradas no tempo, inadaptadas.

Minda disse...

Viva as democracias ocidentais:

Infelizmente há por aí muito boa gente a tentar enganar-nos. Até se costuma dizer que “anda meio mundo a tentar enganar outro meio”. Mas se assim acontece, é porque há quem goste de ser ludibriado e prefere manter os olhos fechados…

Quanto ao Sr. Presidente da AM, merece todo o meu respeito, embora não tenha qualquer problema em criticá-lo devido à forma como aquele órgão deliberativo tem vindo a funcionar. Mas cada coisa no seu lugar.

Minda disse...

V.P.:

Fala (escreve) como se os regimes comunistas do Leste Europeu tivessem sido “o paraíso na terra”. Como se a corrupção não existisse e a justiça social fosse uma realidade.
Mas saberá, até melhor do que eu, que assim não era.
O descrédito na situação actual (política e económica) não transforma aqueles sistemas, ditos socialistas, em modelos exemplares de governo. Sabe, com certeza, que sobreviviam à custa da imposição ditatorial de um determinado pensamento político e faziam das liberdades individuais capachos aos pés dos líderes que subjugavam tudo e todos à sua vontade.
Já deu para perceber que valores defende. Assim como já todos percebemos, perfeitamente, que Cidadania, Democracia, Liberdade e Justiça parecem ser princípios que pouco ou nada lhe dizem.
Não precisa de se justificar. Está no seu direito. Mas lembro-lhe que só se pode expressar dessa forma livre porque, apesar de todos os defeitos, é a Democracia em que vivemos que o possibilita.

Anónimo disse...

Em 1979, curiosamente 10 anos antes da queda do Muro de Berlim, foi editado um disco, "The Wall", da banda inglesa Pink Floyd, quanto a mim uma das maiores bandas da História da música universal e uma das maiores obras musicais, poéticas, filosóficas, psicológicas,sociológicas, antropológicas e muito mais que se exprimiram na forma de canções.... A obra refere-se a muros, não físicos, mas interiores, que vamos contruindo, que nos são impostos e que nos vão rodeando, reduzindo o nosso espaço interior que se exprime depois no nosso comportamento e nas nossas atitudes... Este não deixa de ser o meu entendimento mas, também não deixa de ser fácil tranportar essa experiência para a realidade dos muros físicos que nos dividem, que criam atangonismos e que reduzem o espaçod e liberdade de cada um e de todos....
Eu era ainda um adolescente quando tomei contacto com a obra notável que refiro, eu também acreditava, até essa altura em algumas das virtudes paradisíacas desses países que também construiam muros para dividir cidades, dividir países e dividir pessoas mas, a partir daí as dúvidas começarama surgir e a avolumarem-se de uma forma quase insustentável.... Com o atingir, um par de anos depois, da maioridade, da possibilidade de poder usar o inter-rail para viajar, uma das formas de conhecimento, dos lugares, das realidades, das pessoas, das situações e dos próprios muros... com a possibilidade de ter sempre a companhia de "The Wall", o muro ruíu, ruíu mesmo em mim, o de Berlim e outros... Tive a oportunidade de conhecer a Jugoslávia, a Hungria e a Checoslováquia ( que não era aderente do inter-rail, tal como tosos os outros países do outro lado do "muro" ou da "cortina", como quiserem., a excepção eram mesmo a Jugoslávia, a Hungria e a Roménia), vi, senti, conheci a realidade, tive a oportunidade de falar com as pessoas de lá, de as questionar e de constatar o cinzentismo de uma vida estranha, oprimida, mecanizada, demasiado orientada e demasiado "murada"... o muro, ou os muros, tinham de ruir.... e ruiram.... ríu mais tarde, não por qualquer força sobrenatural, mas porque as pessoas assim quiseram naturalmente....
Congratulo-me pela queda do muro, consciente que ainda há muitos para derrubar, alguns dentro de nós...

Tal como está escrito em "The Wall"......." eu não preciso de armas à minha volta, eu não preciso de drogas para me acalmar, eu vi a inscrição no muro,não acho que precise de alguma coisa, não, não acho que vou necessitar de alguma coisa, em tudo eram apenas tijolos no muro, em tudo tu estavas apenas tijolos na parede ...."


Luís Neto

Minda disse...

Luís Neto:

Obrigada pelo seu testemunho.
"The Wall", dos Pink Floyd, é uma referência. Adoro essa música (e, aliás, todas as dessa banda... são fantásticos).
Quanto aos muros, enfim... parece que os que ocupam as cabeças do pessoal são muito mais difícies de derrubar.

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