sábado, 18 de maio de 2019

A utilização das TIC na gestão da cidade.



6 de maio de 2019 / 16:30H às 18H
Desafios da Utilização das TIC na Gestão da Cidade e na Participação Cívica Local

Na mobilidade o ‘mix’ é cada vez mais a tendência” foi título de um artigo do Jornal de Negócios de 06-07-2017, mas poderia ter sido, também, o subtítulo da palestra de ontem no ISCTE.
Neste artigo, que retirámos do site da AFIA, e que se transcreve no final, está espelhada a mensagem que Vladimiro Feliz nos transmitiu numa excelente apresentação que cativou todos os presentes.
Vladimiro Feliz, depois de uma apresentação genérica sobre o avança das TIC no mundo e em Portugal, falou-nos também das tendências urbanas e socioeconómicas atuais em que temos uma sociedade cada vez mais imediatista e desigual.
Fazer mais com menos recursos, ou seja, a capacidade de nos tornarmos cada vez mais eficientes e evitar o desperdício é uma preocupação. Tal como o problema da descarbonização.
Caminhamos, necessariamente, para uma economia de partilha, para uma economia circular. Tudo tem de ser orientado e regulado para poder ser usado de forma útil. Estas questões, necessidades, podem ser alavancas para o avanço tecnológico. E há que saber aproveitá-las.

Os desafios das cidades de hoje são:
Interoperabilidade
Sustentabilidade
Integração
Conetividade.

Algumas questões chave:
Prestação de melhores serviços ao cidadão;
Integração do on-site com o of-site;
Otimização das operações e plataformas logísticas;
Obsolescência das estruturas (legado);
Integração de políticas e regras;
Informação credível, coerente, atual;
Internet de tudo;
Disciplina orçamental;
Maior transparência;
Fiscalização e controlo;
Visão homogénea do território;
Assegurar o longo prazo;
Exigências dos cidadãos;
Desmaterialização das relações. Etc. Etc.

A premissa:
ONE SIZE FITS NONE
A transformação digital:
A imaginação e o orçamento disponível são o limite

“A convergência digital irá impactar de forma substancial a forma como vivemos e trabalhamos”
“Não se pode gerir o que não se consegue medir”
“O digital não resolve as ineficiências do analógico”
QUE FUTURO PARA AS CIDADES?
Ambientes integrados de gestão das cidades, a partir de uma única plataforma, como suporte à decisão técnica e política, com possibilidade de aceder a informação “na hora” e reporte histórico se necessário. Centros operativos da cidade, onde estão reunidos no mesmo espaço, todos os operadores e agentes relevantes.

A INTERNET DAS COISAS (IoT: Internet of Things)
Aceleradores        Conetividade, custo, capilaridade e largura de banda
                                Disseminação dos devices móveis
                                Redução do custo dos sensores e atuadores
                                Massificação dos investimentos em IoT
Inibidores      Segurança da informação
                        Privacidade dos utilizadores
                        Constrangimentos nas implementações
                       Fragmentação tecnológica



Com a digitalização da economia, a mobilidade é um dos campos que está também em mudança. O caminho parece indicar que a mobilidade vai deixar de fazer com recurso apenas a um módulo.
A área da mobilidade não fica indiferente às novas tendências de digitalização da economia. Actualmente, neste domínio, há tendências fortes e que geram consenso entre os principais actores, defendeu Vladimiro Feliz, Head of Smart Cities e CIO do Ceiia, centro de engenharia e desenvolvimento do produto que se dedica à implementação de produtos inovadores em áreas como a mobilidade). A alteração para um “mix de mobilidade” é uma dessas tendências.
‘Cada vez menos, vamos olhar para um único módulo de mobilidade como um meio de nos transportar de A para B. Vou, cada vez mais, olhar para o meio mais confortável, mais barato, mais rápido e que produza menos emissões de CO2’, contou. O responsável acredita que, no âmbito deste ‘mix de mobilidade’, não ‘estará longe o momento em que compro créditos de mobilidade que vou consumindo em função do meu perfil de uso’. Ou seja, utilização dos meios que mais vantagens proporcionam em determinado momento, indo ao encontro a necessidades específicas daquele momento.
A própria indústria automóvel enfrenta transformações, fruto desta mudança de paradigma, e procura adequar-se as estas alterações. Nos próximos anos, o segmento dos veículos eléctricos vai crescer e terá um papel preponderante na indústria automóvel. Ainda neste sector, o futuro passará por olhar para a restante indústria como um parceiro de negócio. O sector automóvel vai ‘ter de estar focado na inovação tecnológica para desenvolver os seus veículos’. ‘Mas vai ter de encontrar parceiros nomeadamente na área da tecnologia digital, na área das operações de mobilidade, porque, cada vez mais, ao olharmos para a mobilidade como um serviço, isso vai obrigar a que a indústria se reinvente e que encontre novas formas de se posicionar no mercado’.
Vladimiro Feliz falou ainda da criação de uma Zona Livre Tecnológica em território nacional, uma medida que está presente no Startup Portugal, estratégia nacional de apoio ao empreendedorismo, e que visa criar regulação para que sectores inovadores possam realizar testes aos seus produtos. ‘A criação de uma Zona Livre Tecnológica em Portugal será um passo interessante para testar estas soluções e toda a questão da conectividade e da digitalização’.”

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