Como é do conhecimento público,
fui eleita pelo Bloco de Esquerda no IX mandato – 2005/2009 (para a Assembleia
de Freguesia de Cacilhas) e no X mandato – 2009/2013 (para a Assembleia de
Freguesia de Cacilhas e para a Assembleia Municipal de Almada, cargos a que
renunciei um ano mais tarde, por razões já aqui sobejamente referidas).
Da minha participação como
autarca fui sempre dando notícias atempadas nos blogues por mim criados para o
efeito e cuja documentação em arquivo ainda pode ser consultada (embora
algumas, poucas, ligações já não funcionem por estarem alojadas num outro
blogue criado em 2005 mas que, entretanto, o respetivo servidor desativou):
De então para cá passaram sete longos
anos. Neste interregno (sobretudo nos últimos quatro anos) vi-me forçada, por
motivos pessoais e profissionais, a manter um certo afastamento das lides
autárquicas em Almada. Retomo, agora, as matérias que me apaixonam em termos
políticos.
E começo por abordar as
alterações que, neste período, descobri terem sido efetuadas ao nível do
funcionamento do órgão deliberativo do concelho (a Assembleia Municipal) e que
trouxeram uma significativa melhoria no relacionamento daquele órgão colegial
com a população.
Refiro-me a duas novidades (às gravações em vídeo das sessões e ao boletim informativo online, sendo de
destacar que neste, finalmente, a oposição pode também participar) que, julgo,
muito terão a ver com a postura do atual presidente da autarquia (Joaquim
Judas) que, ao contrário da anterior autarca (Maria Emília Neto de Sousa), é
muito mais aberto às questões da transparência e embora Câmara e Assembleia
sejam órgãos juridicamente independentes, certo é que a dependência orçamental
do segundo em relação ao primeiro tem um peso determinante na atividade do
colégio deliberativo.
Gravações em vídeo:
DE 2016: 30-11-2016; 29-11-2016; 26-11-2016; 30-09-2016; 29-09-2016; 27-07-2016; 29-06-2016; 29-04-2016; 28-04-2016; 27-04-2016; 26-02-2016; 25-02-2016.
DE 2015: 28-11-2015.
Apenas um
senão: o arquivo disponível encontra-se sedeado no canal generalista da Câmara
Municipal no Youtube o que coloca alguma dificuldade na pesquisa. Ainda
assim, mesmo com este pequeno entrave, não deixa de ser uma iniciativa de
louvar.
Boletim informativo:
NÚMEROS
DISPONÍVEIS: Abril de 2016; junho de 2016; setembro de 2016; novembro de
2016; janeiro de 2017 e abril de 2017.
Sendo este um importante meio de divulgação, estranho que, contudo, a adesão dos partidos da oposição não seja mais significativa: não escrevem em todos os números e
pouco dizem sobre a respetiva participação naquele órgão autárquico.
Desconheço se existe algum “regulamento
editorial” que determine as regras de participação e imponha limitações (numa
transposição adaptada das grelhas de intervenção no plenário presencial para o número
de carateres de escrita consoante a dimensão representativa eleitoral) mas
surpreendeu-me aquela que me parece ser a pouca importância dada a este
boletim.
Talvez o problema resida naquela
que me parece ser a sua fraca divulgação pois, pelo que percebi, apenas se
encontra disponível para download na página da Assembleia Municipal o que, de
facto, acaba por limitar o número de acessos.
Não considero que seja importante
haver uma edição em papel (uma despesa desnecessária em tempo que é, ainda, de contensão orçamental e há muitas outras prioridades a satisfazer). No entanto seria de pensar a possibilidade de haver
uma distribuição através de correio eletrónico a todos os que manifestassem
interesse nesse sentido.
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