«Colónia,
alvores do século XV. Ares de reforma e de mudança assolam uma Europa governada
ainda pelas superstições e velhas crenças. A difusão do saber está em poder de
uns poucos. No entanto, um pequeno grupo de sábios e eruditos que se reúne na
mais absoluta clandestinidade está ligado por uma ambição comum: a transmissão
cultural ao povo. Como? Através dos livros. Uma aventura de fundo histórico
onde se misturam religião, poder, sexo, violência, amor, lealdade, traição,
amizade… "A Oficina dos Livros Proibidos" é um romance que prende com
a sua intriga e cujo ritmo se acelera de forma imparável até chegar a um
desenlace surpreendente, ao nível de "O Nome da Rosa".»
O romance histórico não é um género
literário que aprecie muito. Mas, a conselho da Sofia Barão, que me emprestou o
livro, arrisquei ler A Oficina dos Livros Proibidos, de Eduardo Roca.
Foi uma fantástica aventura. Adorei! E só
lamento ter chegado à última página. Queria mais!
Os cenários, as personagens, o enredo…
enfim, tudo me cativou. E o mérito é do autor que, com a sua escrita empática,
numa linguagem acessível, nos transporta aos ambientes daquela época de forma
magistral.
Possivelmente haverá quem considere que a
narrativa exagera no grau de suspense que é mantido “em lume brando” por
demasiadas páginas intercalando-se episódios que parecem nada acrescentar à
trama principal. Todavia, para mim, essa é uma das principais característica do
texto que me cativou… porque, sinceramente, detesto livros em que o mistério se
resolve depressa demais.
Várias foram as frases que me marcaram,
por encerrarem uma mensagem que vai muito além das sílabas que compõem cada palavra,
que transcendem o sentido literal daquela composição particular…
Deixo-vos aquela de que mais gostei, na
página 176, por se identificar comigo e demonstrar o poder que a leitura tem
sobre mim alimentando-me a imaginação, fazendo-me sentir livre:
«Também eu viajo constantemente,
só que as praias a que arribo são de papel e tinta.»
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