sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Se a hipocrisia fosse música, teríamos aqui uma bela maestrina.




Sinceramente, estou cansada destes (e destas) políticos para quem a palavra vale apenas o peso das convições que os interesses do momento convém defender.

E porquê a rudeza de mais este meu desabafo? Porque considero esta afirmação uma ofensa (mais uma entre tantas outras) aos direitos dos trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa (onde há quem não receba salários há sete meses consecutivos e ninguém ainda recebeu o subsídio de férias).

É que sendo responsabilidade de António Costa a situação de falência da ADL, uma atitude assumida por mero capricho político pessoal mas que tem tido a cumplicidade do PS nos órgãos autárquicos do município, esta frase vinda de quem vem, parece-me ser uma expressão de grande (enorme) hipocrisia.

Na prática, salvo raríssimas exceções, a postura do PS e dos seus militantes sobre esta questão, e refiro-me em particular aos que eu pensava serem meus "amigos" - porque daqui de Almada e por me conhecerem da experiência autárquica em mandatos anteriores - tem sido de um conivente apoio silencioso às "atrocidades" de António Costa em relação à Assembleia Distrital de Lisboa.

Uns preferem alhear-se do problema, fingindo que ele não existe. A outros falta-lhes a coragem para se pronunciarem, com frontalidade. A muitos a solidariedade partidária move-se em função de interesses que urge proteger e, por isso, acham mais fácil colocar em dúvida a veracidade das minhas palavras e protegem-se afirmando que "há outras versões" - que, todavia, nunca apresentam.


Enfim, "mesquinhices" que cada vez mais me fazem desacreditar nos políticos.

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