quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O cúmulo do ridículo


Decorridos quase seis meses após o acto médico que lhe deu origem, e do respectivo pagamento (feito na hora, claro!), o Hospital da Luz vem, agora, informar um dos seus utentes de que se enganara nas contas e proceder ao acerto remetendo nova factura com o remanescente por liquidar.

Até aí tudo bem. Erros só não os comete quem nada faz, é um facto.

Mas o ridículo da situação prende-se com o montante envolvido: 1,04€. Só em papel (duas folhas – a carta e a factura, mais o envelope) e custos do envio pelo correio gastou o Hospital da Luz muito mais do que aquilo que pretende recuperar.

Mas a anedota não se fica por aqui… Sugerem que o utente pague por cheque ou transferência bancária: só os encargos para o fazer são muito superiores ao valor da dívida. Portanto, só mesmo um idiota aceitaria uma dessas soluções.

É certo que também sugerem que o utente faça o pagamento presencial. Todavia esquecem-se que, para o fazer, os gastos com tal opção subiriam, então, astronomicamente pois a pessoa em causa só em deslocações gastaria quase dez vezes mais para ir satisfazer, de propósito, aquele pedido.

Considerando que o utente, como facilmente os serviços administrativos o podem comprovar, é assistido, regularmente, numa consulta médica de especialidade, indo fazer exames periódicos, não seria muito mais adequado quando ele lá se deslocasse informarem-no de que tinha aquele montante para pagar e acrescentarem-no ao pagamento a efectuar naquele dia?

Será este um bom exemplo de gestão hospital?

2 comentários:

Maisha disse...

Acho que o valor diz tudo... lol

PreDatado disse...

Uma questão de análise de sistemas e de se encomendar, hoje em dia, quase tudo a "consultores" externos. Qualquer gestor com o mínimo de conhecimentos colocaria cláusulas de excepção na programação informática. Falo só do que sei.

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