quarta-feira, 25 de julho de 2007

Strella do Dia

Descobri-os por mero acaso. E foi uma grata surpresa.

São portugueses e tocam de forma magistral... transportam-nos numa viagem no tempo, cada acorde traz-nos à memória acontecimentos remotos. Se fecharmos os olhos enquanto os escutamos, facilmente nos imaginamos séculos atrás, num regresso ao passado por terras lusas ou de além mar, num misto de sensações que se vão sobrepondo ao ritmo da música.

Mas quem são, afinal, os Strella do Dia?

«Fundado na alvorada do presente milénio, os Strella do Dia têm vindo a fazer um trabalho essencialmente relacionado com a recriação histórica, mais precisamente com a época Medieval, participando em Feiras Medievais, Mercados Árabes e Medievais, Recriações Celtas e Romanas, Festas Populares, Romarias, Arruadas, etc.

Com a utilização de instrumentos como a gaita-de-foles, tarota, gralla, chalumeau, corno, timbalão, darbuka, bendir, crótalos, alaúde árabe, baglama, harpa e as flautas, a música torna-se plena em metamorfoses que vão suscitando diferentes estados de espírito em quem escuta.

O repertório é retirado de documentação musical sobrevivente tais como: Cantigas de Santa Maria, Llibre Vermell de Montserrat, a compilação Carmina Burana e danças medievais como as “estampidas”, “ductias” e “saltarellos”.

Actualmente os Strella do Dia oferecem essencialmente música medieval e árabe para grandes espaços abertos ou para pequenas e intimistas salas ou claustros.»

Um som esplêndido, que não encontro palavras para descrever. Já passaram por Almada, actuaram no Solar dos Zagalos (Sobreda) e eu nem dei por isso. Imperdoável. Mas agora vou estar atenta e não voltará a acontecer. Para estar a par das suas digressões basta consultar a página do grupo.

Pena é que, além do CD promocional ainda não tenham gravado nenhum álbum... eu seria uma das primeiras a adquiri-lo, com toda a certeza.

Por isso, resta-nos tentar encontrá-los num qualquer espectáculo ao vivo (podem subscrever a newsletter dos Strella do Dia no site acima referido) e ouvir os três registos audio disponíveis AQUI. Três magníficas interpretações: uma do século XVII e duas do século XVIII, «Bransle de Champagne», «Khamryyah» e «Cantiga de Santa Maria». Oiçam e vejam se tenho ou não razão...

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