As férias estão aí a bater à porta. Por isso, essa é uma óptima altura para colocar as suas "leituras em dia". Dos livros que li recentemente, tomei a liberdade de fazer uma selecção, só de autores portugueses, e apresentar-vos aqui a lista "à laia" de sugestão.
Gostei de todos (numa classificação de 0 a 10, estão todos acima dos 8 pontos), mas permito-me destacar dois: Lavrar o Mar, de Daniel Sampaio, e Joia de Família, de Agustina Bessa-Luís, com 9 e 10 pontos, respectivamente.
O Tesouro de D. Sebastião, de Pedro Beltrão:
«O tesouro de D. Sebastião é um enigma empolgante, que reconstitui os itinerários e perigos da actividade heróica e desconhecida dos frades que arriscavam a vida para resgatar os cristãos cativos em África. A narrativa é contada por um jovem professor de História dos nossos dias, cuja vida passa por episódios dramáticos, em parte provocados pela descoberta de um misterioso manuscrito, que faz perigar a sua vida.
O choque das culturas cristã e muçulmana, o orgulho do poderio português de então e as tramas da corte são-nos descritos através de vários acontecimentos históricos e verídicos, transportando o leitor para os finais do século XVI, e acompanhando-o nas constantes viagens e na vida atribulada de Lopo Fernandes Correia, homem culto e corajoso, contemporâneo do rei D. Sebastião.»
Lavrar o Mar, de Daniel Sampaio:
«O mais recente livro de Daniel Sampaio, intitulado Lavrar o Mar. Um novo olhar sobre o relacionamento entre pais e filhos e assinala a edição de quinhentos mil exemplares no conjunto da obra do autor.
Lavrar o Mar propõe um novo olhar sobre o quotidiano das famílias: é tempo de responsabilizar os jovens pelos seus comportamentos, é o momento para deixar de os considerar imaturos. Nesta obra, salienta-se a decisiva importância de uma infância organizada à volta do amor e da disciplina, como garante de uma adolescência saudável; estimulam-se novas formas de diálogo entre pais e filhos, sem esquecer que a decisiva palavra tem de caber aos mais velhos; e são dados numerosos exemplos de possíveis conflitos quotidianos como os horários, os dinheiros, os prémios e os castigos, a Internet, o sexo, o álcool e as drogas.
Em correspondência com Eulália Barros, o tema da escola é revisitado e são apontadas novas linhas de reflexão sobre o ensino e a aprendizagem.
Escrito de forma clara e acessível, mas sedimentado numa vasta experiência do autor no trabalho com adolescentes, Lavrar o Mar é uma obra indispensável a pais e educadores e um oportuno momento de reflexão para os mais jovens.»
«O tesouro de D. Sebastião é um enigma empolgante, que reconstitui os itinerários e perigos da actividade heróica e desconhecida dos frades que arriscavam a vida para resgatar os cristãos cativos em África. A narrativa é contada por um jovem professor de História dos nossos dias, cuja vida passa por episódios dramáticos, em parte provocados pela descoberta de um misterioso manuscrito, que faz perigar a sua vida.
O choque das culturas cristã e muçulmana, o orgulho do poderio português de então e as tramas da corte são-nos descritos através de vários acontecimentos históricos e verídicos, transportando o leitor para os finais do século XVI, e acompanhando-o nas constantes viagens e na vida atribulada de Lopo Fernandes Correia, homem culto e corajoso, contemporâneo do rei D. Sebastião.»
Lavrar o Mar, de Daniel Sampaio:
«O mais recente livro de Daniel Sampaio, intitulado Lavrar o Mar. Um novo olhar sobre o relacionamento entre pais e filhos e assinala a edição de quinhentos mil exemplares no conjunto da obra do autor.
Lavrar o Mar propõe um novo olhar sobre o quotidiano das famílias: é tempo de responsabilizar os jovens pelos seus comportamentos, é o momento para deixar de os considerar imaturos. Nesta obra, salienta-se a decisiva importância de uma infância organizada à volta do amor e da disciplina, como garante de uma adolescência saudável; estimulam-se novas formas de diálogo entre pais e filhos, sem esquecer que a decisiva palavra tem de caber aos mais velhos; e são dados numerosos exemplos de possíveis conflitos quotidianos como os horários, os dinheiros, os prémios e os castigos, a Internet, o sexo, o álcool e as drogas.
Em correspondência com Eulália Barros, o tema da escola é revisitado e são apontadas novas linhas de reflexão sobre o ensino e a aprendizagem.
Escrito de forma clara e acessível, mas sedimentado numa vasta experiência do autor no trabalho com adolescentes, Lavrar o Mar é uma obra indispensável a pais e educadores e um oportuno momento de reflexão para os mais jovens.»
A Fórmula de Deus, de José Rodrigues dos Santos:
«Um inesperado encontro lança Tomás na rota da crise nuclear com o Irão e da mais importante descoberta de A. Einstein, um achado que penetra no maior mistério da História: a prova científica da existência de Deus. Uma história de amor, uma intriga de traição, perseguição implacável, busca espiritual. Uma empolgante viagem às origens do tempo, à essência do universo e ao sentido da vida. »
O Princípio da Incerteza (trilogia), de Agustina Bessa-Luís:
1.º volume - Jóia de Família
«Não se trata dum guião de cinema, extraído dum caso do dia. É sobretudo um olhar sobre a sociedade contemporânea que se desinformou dos seus limites. Em todos esses tempos esses fenómenos acontecem. É quando, em busca de valores, aparece a consciência pré-histórica, uma espécie de paraíso reaberto, a festa do mau comportamento que é afinal o famoso reencontro com as raízes. Somos pré-históricos até ao fim do mundo. A delinquência, o crime, o delito em todos os seus bons e maus momentos, são parte da lenda humana ou são o que resta da lenda mais querida do homem: a sua completa desobrigação, sem multa e sem castigo. Há no entanto, a jóia de família que é a fastidiosa frivolidade do bem. Contra ela erguem-se os grandes pecadores, os dionisíacos ou o que seja. Entre os dois venha o diabo e escolha. Se puder, porque o bem e o mal são inseparáveis.
Recebeu em 2002 o prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.»
«Um inesperado encontro lança Tomás na rota da crise nuclear com o Irão e da mais importante descoberta de A. Einstein, um achado que penetra no maior mistério da História: a prova científica da existência de Deus. Uma história de amor, uma intriga de traição, perseguição implacável, busca espiritual. Uma empolgante viagem às origens do tempo, à essência do universo e ao sentido da vida. »
O Princípio da Incerteza (trilogia), de Agustina Bessa-Luís:
1.º volume - Jóia de Família
«Não se trata dum guião de cinema, extraído dum caso do dia. É sobretudo um olhar sobre a sociedade contemporânea que se desinformou dos seus limites. Em todos esses tempos esses fenómenos acontecem. É quando, em busca de valores, aparece a consciência pré-histórica, uma espécie de paraíso reaberto, a festa do mau comportamento que é afinal o famoso reencontro com as raízes. Somos pré-históricos até ao fim do mundo. A delinquência, o crime, o delito em todos os seus bons e maus momentos, são parte da lenda humana ou são o que resta da lenda mais querida do homem: a sua completa desobrigação, sem multa e sem castigo. Há no entanto, a jóia de família que é a fastidiosa frivolidade do bem. Contra ela erguem-se os grandes pecadores, os dionisíacos ou o que seja. Entre os dois venha o diabo e escolha. Se puder, porque o bem e o mal são inseparáveis.
Recebeu em 2002 o prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.»
2.º volume - A Alma dos Ricos
«É um livro sério, sem nada de ficção. Todos nós fazemos parte dele, como dum culto que vive em nós, o desejo de conviver e amar o desconhecido. A personagem do romance está em constante estado de meditação, ao que, na mulher, se chama curiosidade. É ao mesmo tempo submissa e rebelde, pagã e sentidamente em busca de uma mitologia.»
3.º volume - Os Espaços em Branco
«Quando num encontro de Steiner com Oppenheimer, que não era propriamente pessoa de fácil abordagem, este diz que o «o que há importante na poesia e na filosofia são os espaços em branco», está a propor o problema da realidade, cuja visão é complexa e nunca assunto didáctico em si mesmo. Camila conduz a sua vida por meio duma experiência que resulta de colagens duma biografia tão exacta quanto os espaços em branco a iludem sem que a verdade possa ser captada. A secreta paixão que envolve o coração da memória é aquilo a que chamamos a realidade, na verdade um mistério muito para além do conceito de sobrenatural.»
E para quem gosta de livros policiais (um dos géneros literários que mais aprecio), aconselho a Sala de Montagem, de Louise Welsh, «a estreia auspiciosa de uma autora escocesa que povoa este livro com personagens no fio da navalha moral, sem fazer quaisquer juízos de valor. O registo de thriller serve como pretexto a uma narrativa que explora uma certa vivência urbana e subterrânea, conduzida por um personagem convenientemente humano. Logo, imperfeito.» Classificação: 9 pontos.
«É um livro sério, sem nada de ficção. Todos nós fazemos parte dele, como dum culto que vive em nós, o desejo de conviver e amar o desconhecido. A personagem do romance está em constante estado de meditação, ao que, na mulher, se chama curiosidade. É ao mesmo tempo submissa e rebelde, pagã e sentidamente em busca de uma mitologia.»
3.º volume - Os Espaços em Branco
«Quando num encontro de Steiner com Oppenheimer, que não era propriamente pessoa de fácil abordagem, este diz que o «o que há importante na poesia e na filosofia são os espaços em branco», está a propor o problema da realidade, cuja visão é complexa e nunca assunto didáctico em si mesmo. Camila conduz a sua vida por meio duma experiência que resulta de colagens duma biografia tão exacta quanto os espaços em branco a iludem sem que a verdade possa ser captada. A secreta paixão que envolve o coração da memória é aquilo a que chamamos a realidade, na verdade um mistério muito para além do conceito de sobrenatural.»
E para quem gosta de livros policiais (um dos géneros literários que mais aprecio), aconselho a Sala de Montagem, de Louise Welsh, «a estreia auspiciosa de uma autora escocesa que povoa este livro com personagens no fio da navalha moral, sem fazer quaisquer juízos de valor. O registo de thriller serve como pretexto a uma narrativa que explora uma certa vivência urbana e subterrânea, conduzida por um personagem convenientemente humano. Logo, imperfeito.» Classificação: 9 pontos.
BOAS LEITURAS.
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