E por que será que, quando se
fala na Câmara Municipal de Lisboa, já nada me espanta?
Leio esta notícia e não posso
deixar de me lembrar da posição do então presidente da CM e hoje 1.º Ministro
sobre a Assembleia Distrital de Lisboa e a forma como, por opção pessoal, à
margem da lei e à revelia dos órgãos autárquicos do município, decidiu impedir
que a autarquia pagasse as quotas a que estava legalmente obrigada levando a
ADL à falência e provocando a existência de salários em atraso por muitos meses
consecutivos (12 meses no total).
Afinal começo agora a perceber...
havia que deixar de pagar a uns para ajudar a suportar as contas de outros
(embora a dívida da CML à ADL fosse de apenas de pouco mais de 134 mil euros não
deixou de ser um contributo).
E, no final, confirma-se a ideia
que já então tinha: os responsáveis políticos da CML são expeditos em contornar
a lei e/ou em fazer interpretações à medida dos seus interesses e não se coíbem
em desrespeitar as competências dos órgãos do município.
Mas também há que notar o facto
de que, e muito me espanta que assim seja face à passividade indiferente de uns
e à conivência subserviente de outros (no anterior e neste mandato) no caso da
ADL, só agora os deputados municipais pareçam acordar para a questão das despesas
de representação dos dirigentes que durante vários anos andaram a ser pagas de
forma indevida.
É caso para perguntar: O que é
que andaram a fazer estes senhores (e senhoras) na AML quando aprovaram os
anteriores orçamentos?
E para que possam ter um termo de comparação, deixo-vos uma deliberação de outra autarquia sobre a mesma matéria:
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