sexta-feira, 18 de abril de 2008

Amanhã há "Poesia Vadia"



Amanhã, antecipada uma semana em relação ao que vem sendo habitual desde 2003 (último sábado do mês), realiza-se mais uma sessão de "Poesia Vadia", para a qual estão todos convidados. (cliquem no cartaz para saber pormenores).

Serão apresentados mais três cadernos Uma Dúzia de Páginas de Poesia (n.ºs 65 a 67), de poetas que participam pela primeira vez nesta colecção, além da reedição do número especial Almad'Abril (que contém 12 poemas sobre a Liberdade e o 25 de Abril de 74, escritos por 12 autores).

De entre os novos (António Afonso, Lena Amurita e Laura Guinot), destaco a obra Asas Quebradas, sobre a qual escrevi no prefácio:

«Quando conheci a jovem que dá corpo à poetisa Lena Amurita (tímida, de aspecto frágil, olhar límpido, gestos serenos, um largo sorriso nos lábios), nunca imaginei que ela pudesse ser, de facto, esta mulher vivida, às vezes revoltada, cuja escrita deixa transparecer tanto sofrimento, tanta mágoa, tanta angústia.

Mas desenganem-se. Apesar desta tão evidente tristeza, Lena Amurita é, em simultâneo, alguém com uma enorme capacidade de ultrapassar as adversidades do quotidiano e com uma imensa vontade de viver, conforme podemos ver através dos sentimentos que connosco partilhada neste simples caderno de poemas.

Não nos cabe a nós, Poetas Almadenses, fazer a apreciação literária desta ou de qualquer outra obra que nos seja apresentada para publicação – não é esse o objectivo desta colecção, como fazemos questão de salientar no texto inserido na contracapa desta publicação.

Todavia, não podemos deixar de tecer um pequeno comentário acerca do conteúdo genérico dos poemas que aqui, hoje, nos são oferecidos para leitura – um gesto de comunhão que todos devemos agradecer.

Num registo simples, utilizando uma linguagem acessível, Lena Amurita escreve ao sabor dos sentimentos. Por isso cada poema é um desabafo. Um segredo íntimo que ousa libertar-se.

As emoções andam soltas em cada página, cruzam-se da primeira à última linha. Sente-se o grito abafado, o sorriso velado, as lágrimas cristalinas… enfim, sente-se a vontade da autora em, através das sílabas que em verso compõe, depurar as sensações que a oprimem, como se a escrita fosse, afinal, o remédio que cura todas as mazelas da alma.»

Espero que estas breves palavras sejam suficientes para vos despertar a curiosidade. E prometo que, brevemente, no "Blog dos Poetas Almadenses" disponibilizarei alguns poemas destes autores. Mas,entretanto, se quiserem, podem adquirir um exemplar, ao preço módico de 1€.

Apareçam. Serão todos bem vindos.

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