O ditado popular que a imagem tão
bem ilustra não deixa de ser, também, o retrato do que acabou acontecendo
comigo nos últimos meses.
Porquê?
Porque se hoje me encontro a
exercer funções na Direção-Geral das Autarquias Locais, integrada numa equipa
excelente e a desempenhar tarefas que me deixam realizada em termos
profissionais, devo-o ao facto de a Câmara Municipal de Lisboa me ter
classificado como alguém que nunca seria bem-vinda no município.
Aliás, mais do que a mera
manifestação de desagrado pela minha pessoa (devido às posições públicas por
mim assumidas contra o comportamento do então presidente da autarquia) pairava
sobre mim a ameaça persecutória de ir parar ao canil/gatil municipal caso, à
semelhança dos meus três colegas da Assembleia Distrital de Lisboa, tivesse
optado por, em novembro de 2014, solicitar mobilidade para a Câmara de Lisboa.
Quem assim se expressou de forma
taxativa, pessoalmente, foi o Secretário-Geral da CML ao Presidente da ADL numa
reunião realizada em 05-11-2014 nas instalações da autarquia, a que se juntaram
as ameaças veladas durante a visita que o mesmo dirigente municipal fez à
Biblioteca dos ex-Serviços de Cultura da ADL dois dias mais tarde a 07-11-2014.
Atendendo ao futuro quase certo que
me esperaria se tivesse ido parar à Câmara de Lisboa, só posso mesmo dizer que “HÁ
MALES QUE VÊM POR BEM”: é certo que fiquei mais uns meses consecutivos sem vencimento
e passei pelo regime da requalificação com um corte substancial em termos de
rendimento mensal (enquanto os meus colegas nunca deixaram de receber ordenado
e viram a sua carreira assegurada), mas a partir de 15-09-2015 acabei por ser
integrada num serviço onde me sinto profissionalmente realizada, onde as minhas
qualificações são úteis e onde o meu trabalho é respeitado.
Não fosse aquele precedente e
decerto nunca me encontraria hoje a trabalhar na DGAL. Por isso só posso mesmo
reafirmar que o mal que alguns me fizeram no passado acabou sendo o bem de que
usufruo no presente e irá ser aquele que me acompanhará no futuro. Daí o meu
sincero agradecimento ao senhor Secretário-Geral da CML pela oportunidade que,
mesmo contra sua vontade, me acabou por proporcionar.
Não posso, contudo, de me
esquecer também de agradecer ao então presidente da Câmara e agora 1.º Ministro,
assim como ao senhor que ocupou o cargo no mandato anterior.
Se é bem verdade que foi a obcecada
intransigência de um em levar à falência uma entidade da administração pública
que não lhe agradava (a Assembleia Distrital de Lisboa) e a insistência obstinada
de outro em acabar com uns órgãos autárquicos que o incomodavam (as Assembleias
Distritais), tendo os dois contribuído equitativamente para que os Serviços de
Cultura da ADL tivessem terminado de forma indigna, por outro lado foi o
comportamento autoritário e impositivo de ambos que acabou por me dar a oportunidade
de chegar até à DGAL.
Ainda a propósito do “há males
que vêm por bem” tenho também de me congratular por as ocorrências do último
ano terem igualmente servido para mostrar o verdadeiro caráter de certos
políticos (com destaque para os representantes da Assembleia Municipal de
Lisboa, e respetivos grupos municipais do PS e Independentes, na Assembleia
Distrital de Lisboa) e de alguns colegas, em particular daquela que resolveu
utilizar a calúnia, a difamação e a injúria como método para uma mesquinha
vingança pessoal… Acontece porém que o “feitiço se virou contra a feiticeira” e
aquilo que pretendia ser uma forma de denegrir a minha imagem acabou por ter o
efeito contrário e serviu apenas para evidenciar os traços doentios da sua personalidade.
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