Acredito que os sindicatos desempenham
um papel muito importante na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Tenho de confessar, todavia, que
a minha experiência sindical deixou-me bastante desiludida com a atuação destas
associações.
Fui delegada sindical durante
vários anos. Verificada a continuada inação face aos problemas vividos pelos
trabalhadores das Assembleias Distritais, em Lisboa acabámos todos por nos
desvincular do sindicato.
Por acordo unânime, voltámos a
nos inscrever num outro sindicato no qual cheguei até ao secretariado da delegação
regional de Lisboa e Vale do Tejo.
Mas também aqui, e mesmo com o
agravar da situação dos trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa, da
existência de salários em atraso durante meses consecutivos, o comportamento do
sindicato foi de indiferença, por inépcia ou desinteresse não cheguei a
perceber.
Ou seja, pela segunda vez acabei por
sair do sindicato. Apenas com uma diferença: não voltei a sindicalizar-me.
Enquanto o funcionamento destas
estruturas se mantiver inalterável, questiono-me se vale a pena pertencer a um
sindicato quando, na prática, o que os parece mover são interesses políticos
mediáticos (de luta contra o Governo) e o empenho colocado na defesa das causas
específicas dos associados é feito não em termos da justiça e do direito mas em
função de critérios partidários.
Alguns artigos onde abordei a questão do sindicalismo:
08-01-2015: Que
espécie de sindicalismo é este?
01-02-2012: O
domínio do PCP na CGTP. Que consequências?
02-10-2010: Fazer
greve: direito ou obrigação?
17-09-2009: Estou
indignada!
22-01-2009: Repensar
o sindicalismo em Portugal.
03-03-2007: Sindicalismo.
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