Novo estatuto político-administrativo dos Açores

Não vou analisar, do ponto de vista jurídico, a questão que foi notícia, hoje, na comunicação social... nem tão pouco me vou manifestar acerca da oportunidade da comunicação do Presidente da República.

Serve apenas este breve artigo para vos dizer o quanto me sinto chocada... mas é com a atitude dos nossos deputados, que aqui acabam por ficar muito mal no retrato: ou seja, todos os partidos políticos votaram a favor (não nos podemos esquecer que o estatuto em causa foi aprovado por unanimidade) de um diploma que, afinal, tem uma série de normas anticonstitucionais graves, além de umas quantas outras que, na opinião do PR, colocam em causa o relacionamento institucional e podem ter consequências futuras imprevisíveis.

Como foi possível isto acontecer? Estavam todos distraídos? Trata-se de incompetência pura? Ou, pior ainda, este consenso significou, tão só e apenas, a aceitação de pressões regionais, vindas de todos os quadrantes do espectro político, para que assim acontecesse?
Francamente... se a política é isto, a cedência a interesses escusos em atropelo às mais elementares regras do direito, cada vez me convenço mais que não fui fadada para estar nestas andanças.

E que hipócritas acabam por ser estes políticos que até se congratulam com o facto de serem apenas oito as falhas de inconstitucionalidade num diploma com mais de uma centena de artigos. Sinceramente...

Regresso ao trabalho

Francamente... uma pessoa não pode estar uns escassos 12 dias fora do Serviço e logo a papelada se acumula. E se fosse só isso... atrás dos processos lá vinham as chatices do costume, os casos difíceis de resolver pela incompetência de uns quantos a juntar ao azedume daqueles que ainda não foram de férias...

Enfim...

Lá recomecei hoje a trabalhar, num dia que acabou por ser extremamente cansativo e pouco produtivo... Espero que o resto da semana seja melhor.

Oferta!

Trazidas diretamente do Algarve, mais propriamente de Porches, colhidas ontem de manhã na minha caminhada matinal, ofereço-vos estas duas lindas rosas...

Servem para animar aqueles que, como eu, acabaram as férias e vão ter de começar a trabalhar. Eu vou já amanhã... embora goste muito do meu trabalho... as férias estavam-me a saber tão bem!! Mas, enfim, já que ninguém quer ir por mim, lá terei de ir eu...

Volto em Setembro...

Voltarei em Setembro a esta maravilhosa praia, para gozar o resto das férias... Até lá ficarei por Cacilhas, onde resido, e terra à qual regresso hoje mesmo, ao fim do dia.

Para recordar, deixo-vos um pequeno video com o som das ondas e do vento, só falta mesmo o odor a maresia para ser perfeito. Apesar das imagens serem fraquitas, sempre dá para espicaçar a imaginação.

O prazer de ler

Gosto imenso de ler, como todos sabem. E durante as férias é esta a minha actividade preferida, a par das caminhadas matinais (a pé). Praia, vem a seguir... e, mesmo assim, tenho sempre de levar um livro. Adoro estar à sombra, a ouvir o som das ondas do mar na areia, sentir o vento no rosto e a deliciar-me com a leitura...

Entre outros, nestas férias fiz-me acompanhar de mais de uma dezena de livros (sim, ouviram bem... há quem diga que pareço uma biblioteca ambulante, mas cada um faz o que gosta e eu adoro ler, por isso...). Agora estou na fase dos policiais... O primeiro foi Sem Dizer Adeus e o último será O Codex Maia, que aqui vos deixo como sugestão de leitura (além de todas as outras obras aqui referidas).

Mas, pelo meio, nestes dias já li dois livros de Robert Wilson (O cego de Sevilha e As mãos desaparecidas) , um escritor de quem fiquei fã depois de ter lido O último acto em Lisboa.

De O Cego de Sevilha, destaco esta frase, que muito me deu que pensar (e é a prova de que até um policial pode ter uma reflexão profunda sobre a vida e a condição humana):

"Os estilhaços de vidro podem entrar no espiríto, também - disse, e só a ideia bastou para o deixar nauseado. - Algumas vezes são demasiado dolorosos para serem enfrentados. Empurramo-los para as profundezas da mente. Pensamos que podemos esquecê-los. A nossa mente protege-se deles, embrulhando-os em camadas... ou seja, mentiras. E assim, distanciamo-nos do estilhaço. Até que um dia acontece qualquer coisa e, sem razão especial, vem à superfície da consciência."

A terminar deixo as fotos da família, que provam não ser apenas eu que sofro deste mal... entre os três, acreditem, pouco falta para terem viajado connosco quse meia centena de livros. Felizmente que o carro tem uma bagageira grande...

Connosco o índice de leitura sobe exponencialmente.

Guia

Sede de freguesia do concelho de Albufeira. Fica na EN 125, logo a seguir a Pêra, para quem vem de Armação.

É conhecida como "a capital do frango"... quem não conhece os famosos "frangos da Guia"?

Mas esta terra, rica de tradições, é muito mais do que um isso. Deixo-vos algumas imagens que, espero, vos desperte a vontade de por lá passar.

Algoz

É sede de freguesia do concelho de Silves e fica a cerca de uma dezena e meia de Kms da Praia de Armação de Pêra. O seu mercado mensal já foi o mais importante da região, a onde acorriam os agricultores dos concelhos limítrofes.

Hoje é uma terra de património degradado, resquícios do fausto de outrora. Mas é, também, uma vila pacata, de gente simpática e outros valores culturais que importa descobrir e preservar, por exemplo, no domínio da etnografia (usos e costumes) e da história local.

Pêra

Mais umas quantas imagens de outra sede de freguesia do concelho de Silves, onde se localiza a Praia Grande, cujas fotografias apresentei no artigo de ontem.

Vai um mergulho?

É uma frente de mar com um areal contínuo de kms. Começa em Vale do Olival (concelho de Lagoa), atravessa Armação de Pêra e a Ribeira de Alcantarilha (concelho de Silves) e termina na Galé (concelho de Albufeira).

Como podem ver, há muito espaço... e a água, depois do levante (vento que sopra do Mar Mediterrâneo), está uma maravilha...

Alcantarilha

Simpática vila, sede de freguesia do concelho de Silves, entre Pêra e Armação.

De ruas pacatas. Tem como atracção a Capela do Ossos, junto à Igreja Matriz.

O Hotel Rural "Capela das Artes" é uma referência, assim como os resquícios da muralha do antigo castelo.

Merece uma visita.

Estômbar

Simpática vila do concelho de Lagoa. Fica na estrada velha para Portimão. É aqui que se situa um lugar aprazível, óptimo para fazer piqueniques no Verão ou, simplesmente, fazer um passeio e passar uma tarde muito agradável.

À noite pode, ainda, vir assistir a espectáculos culturais diversos ou a concertos de música clássica e jazz, organizados pelo município. Deixo-vos um slide-show que vos mostrei há uns tempos atrás e que vale a pena ver de novo.

Porches

É sede de freguesia do concelho de Lagoa e uma das mais bonitas deste município algarvio. Nos seus limites geográficos estão duas das mais aprazíveis praias que eu conheço: da Cova Redonda e da Senhora da Rocha, nos Alporchinhos, onde se localiza a respectiva capela num promontório sobranceiro ao mar e onde se pode observar uma das mais belas paisagens que eu já vi.

Os empreendimentos turísticos ocupam muito do seu território (dos mais simples aos mais sofisticados) mas o "povo" (como por aqui se diz) mantém as suas características rústicas e tradicionais, como se pode observar pelas fotografias.

Fica na estrada que liga Armação de Pêra (já no concelho de Silves) a Lagoa... e merece uma visita atenta pois um passeio pelas suas ruas calmas e limpas é muito agradável. E podem sempre fazer uma pausa para lanchar no "café do Vasco" mesmo em frente ao Centro Cultural D. Dinis... têm lá umas torradas em pão caseiro acompanhadas com doce regional que são um espanto (além disso, a simpatia dos donos é, também, outro atrativo além de que dispõem de jornais e revistas para quem gosta de ir actualizando as notícias do dia).