Não resisto em partilhar convosco
esta explicação da VOX sobre os “Panamá Papers”…
Aqui vai, analogias simples para
desmistificar algo muito complicado:
OS PORQUINHOS MEALHEIROS
Digamos que guardou as suas
poupanças num porquinho mealheiro numa prateleira do seu armário.
Mas a sua mãe continua a controlar quanto dinheiro põe e tira de lá e você não gosta disso.
Por isso arranja um segundo porquinho mealheiro…
A mãe do Joãozinho, ao contrário da sua, está sempre ocupada, por isso não perde tempo a controlar porquinhos mealheiros. Assim pode manter lá o seu em segredo, sem que ninguém o controle.
Outro miúdo lá da rua soube disto achou uma boa ideia e seguiu o seu exemplo.
E com ele todos os outros miúdos do bairro seguiram o imitaram. Todos arranjaram um segundo porquinho mealheiro que guardaram no armário do Joãozinho.
Só que um dia a mãe do Joãozinho
estava a fazer limpezas e descobriu todos os porquinhos mealheiros.
Pois bem, foi isto que aconteceu
durante anos. Sendo que a sua mãe é as Finanças do país onde reside, o
Joãozinho é o Panamá e você e os miúdos do seu bairro são alguns dos políticos
e personalidades de referência do nosso mundo.
A coisa fica ainda um pouco mais
complexa. Há quem tenha levado o dinheiro para a casa do Joãozinho apenas
porque queria maior privacidade, e também há quem tenha levado o porquinho
mealheiro para a casa do Joãozinho porque o dinheiro que lá metia era roubado a
meninas escuteiras que vendiam bolos, e não queriam que os seus pais lhes
fizessem perguntas sobre onde conseguiam esse rendimento extra. Há ainda
meninos que escondiam dinheiro no armário do Joãozinho porque esse dinheiro
provinha dos bolsos das suas mães, logo não podia ficar em casa.
Seja como for todos os meninos
que puseram dinheiro na casa do Joãozinho têm um problema nem mãos, é que há uma
regra unânime em todas as casas: não são permitidos mealheiros secretos e fora
do controlo parental.
Agora resta esperar que a mãe do
Joãozinho investigue com maior detalhe todas as atividades que se passavam no
armário do filho, de forma a que todos os meninos possam ter o castigo
adequado.
FIM
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